Quarta, 10 de Setembro de 2025
O ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal (STF), votou pela condenação de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, pelo crime de tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito.
Com o voto de Fux, há maioria para condenação de Cid por esse crime. Os ministros Alexandre de Moraes (relator do caso) e Flávio Dino já haviam se manifestado a favor.
Fux entendeu que, apesar de também estar na condição de delator, Cid não atuou somente como ajudante de Bolsonaro e trocou mensagens sobre medidas de monitoramento do ministro Alexandre de Moraes. Além disso, participou de uma reunião na casa do general Braga Netto, em 2022, onde teria sido repassado dinheiro para o financiamento de trama golpista.
"Todos aqueles que queriam convencer o então presidente da República da necessidade de adotar ações concretas para abolição do Estado Democrático de Direito faziam solicitações e encaminhamentos por meio do colaborador", disse o ministro.
Fux absolveu Cid das acusações de golpe de Estado, organização criminosa armada, dano qualificado pela violência e grave ameaça, e deterioração de patrimônio tombado.
O tempo de pena ainda não foi anunciado e deve ser definido somente ao final da rodada de votação sobre a condenação ou absolvição dos réus. Em caso de condenação, as penas podem chegar a 30 anos de prisão em regime fechado.
O ministro Luiz Fux prossegue seu voto e analisa as condutas dos demais réus.