Quinta, 11 de Setembro de 2025
O ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal (STF), votou nesta quarta-feira pela absolvição do ex-presidente Jair Bolsonaro, réu da trama golpista para reverter o resultado das eleições de 2022.
O ministro rejeitou integralmente a acusação da Procuradoria-Geral da República (PGR). O órgão queria a condenação do ex-presidente pelos crimes de organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado pela violência e grave ameaça e deterioração de patrimônio tombado. A pena poderia chegar a 30 anos de prisão.
Apesar do entendimento do ministro, o placar pela condenação de Bolsonaro e mais sete réus está 2 votos a 1. Os votos pela condenação foram proferidos ontem pelos ministros Alexandre de Moraes e Flávio Dino.
O ministro prossegue na leitura do voto sobre as acusações de mais cinco réus. A sessão já dura mais de dez horas.
Bolsonaro e mais sete réus respondem pela suposta participação na elaboração do plano 'Punhal Verde e Amarelo', com planejamento voltado ao sequestro e homicídio do ministro Alexandre de Moraes, do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do vice-presidente, Geraldo Alckmin.
Para o ministro, a PGR 'adotou uma narrativa desprendida dos fatos'. Segundo Fux, os atos praticados por Bolsonaro quando ele estava no cargo não podem ser entendidos como crimes.
Fux também reconheceu que Bolsonaro apenas cogitou medidas e 'não aconteceu nada'. No entendimento dele, a cogitação não é suficiente para punir o ex-presidente.