Sexta, 15 de Agosto de 2025
A defesa do ex-ministro da Justiça Anderson Torres solicitou ao Supremo Tribunal Federal (STF) a rejeição da denúncia referente à trama golpista nesta quarta-feira (13). Torres figura como um dos réus centrais na tentativa de golpe de Estado ocorrida durante o governo de Jair Bolsonaro.
Durante as investigações, a Polícia Federal (PF) encontrou na residência de Torres um documento denominado “minuta do golpe”.
Na manifestação encaminhada ao Supremo, os advogados reiteraram que o documento é apócrifo e destituído de valor jurídico.
A defesa argumenta que o documento foi parar na casa do ex-ministro por “mero esquecimento material”.
“O texto afrontava os pressupostos constitucionais do Estado de Defesa, não fazia qualquer sentido jurídico e jamais poderia ser levado a sério por qualquer jurista. Sua presença isolada, sem atos subsequentes de circulação, deliberação ou articulação, não autoriza qualquer presunção de dolo”, alegaram os advogados.
A manifestação da defesa de Torres consta nas alegações finais apresentadas ao ministro Alexandre de Moraes, relator do processo. O prazo final de 15 dias para os advogados protocolarem suas manifestações se encerra hoje, às 23h59.
As alegações representam a última manifestação dos réus antes do julgamento que poderá resultar na condenação ou absolvição dos acusados.
Além de Bolsonaro, outros seis aliados devem apresentar suas alegações. Mauro Cid, por estar na condição de delator, entregou as alegações no mês passado.