Quatro policiais militares foram denunciados pelo assassinato de Renato Gomes Nery, ex-presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) no Mato Grosso. O crime ocorreu em julho de 2024, em frente ao escritório onde Nery trabalhava, na cidade de Cuiabá.

O autor dos disparos, Alex Roberto de Queiroz, está detido e confessou o crime à Polícia Civil. Conforme apurado no inquérito, ele teria sido contratado por 160 mil reais para cometer a execução. A contratação foi intermediada por um policial militar, que também entregou a arma ao executor.

Depois do homicídio, a arma utilizada foi devolvida ao policial militar, que, segundo as investigações, tentou obstruir as apurações ao incluí-la em uma ocorrência que simulava confronto armado entre sua equipe e supostos criminosos. Esse episódio resultou na morte de uma pessoa e deixou outras três feridas.

Conluio via WhatsApp
De acordo com a Polícia Civil e o Ministério Público, a encenação do confronto tinha como finalidade justificar a presença da arma e criar a aparência de uma troca de tiros legítima. O plano, segundo os investigadores, foi articulado por meio de um grupo no WhatsApp chamado “Gol Branco”.

A apuração também identificou os supostos mandantes do assassinato, que estariam envolvidos em uma disputa de terras — apontada pelo Ministério Público como a principal motivação para o crime. Todos os envolvidos estão presos, mas negam participação na contratação da execução de Renato Nery.